quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Capitulo O8

- o que Anderson? ta ficando louco? - perguntei surpresa.
- não, é bom que você convive mais tempo com todos nós, e também se você ficar aqui nunca iremos te conhecer de verdade.
- acho melhor não, quero evitar qualquer tipo de confusão com você, e não quero ter que ouvir coisas desagradáveis e muito menos falar.
- estamos viajando hoje à noite, se quizer, é só arrumar suas malas e dizer que vai. Passamos na sua casa, te buscamos e tudo mais..
- Anderson..
- agora eu tenho que ir, já fiz minha parte, tchau pra vocês.. Luan hoje à noite heim, sem falta.
- ok Anderson.

Anderson saiu da sala me deixando paralisada sem saber o que responder sobre aquilo, no fundo fiquei super feliz com o convite, mas não sabia se aceitava. A Dagmar e o Luan me encaravam esperando uma resposta.

- você vai aceitar né? - Dagmar disse animada.
- eu.. não.. sei
- não sabe como? Tem tudo pra dar certo viajando com agente.
- não sei Dagmar, tem a minha mãe! Não quero ficar longe dela..
- mais é só umas duas viagens, levam apenas 3 dias, é bom que você se enturma com o pessoal da equipe e com o próprio Anderson.
- pra falar verdade eu nem deveria estar aqui.
- por favor, aceita, chance unica.
- Dagmar..
- apenas 3 dias, vamos?
- eu.. aceito! - Dagmar vibrou - mais primeiramente, preciso avisar minha mãe.
- sem problemas, então você está dispensada agora, avise sua mãe, deixe o endereço de sua casa com o Arnaldo, passaremos para te buscar às 8, caso você for. Nos ligue, voce tem o número do Rober né?
- claro, ligo sim! Então, vou indo, até mais tarde se Deus quizer..
- tá, nos avise.

Fui em direção à minha casa o caminho todo pensando em que decisão tomar, iria ou não viajar com eles? Chegando em casa, vi minha mãe dormindo no sofá, parecia cansada, obviamente por ter trabalhado à noite inteira.. minha mãe era uma ótima médica, e por esse motivo seu trabalho era dobrado. Subi devagar para o meu quarto, e selecionei algumas roupas colocando-as na mala média, ouço passos pelo corredor e derrepente minha mãe entra no quarto com cara de sono.

- filha? que malas são essas?
- mãe.. senta aqui! Precisamos conversar..
- fala filha, o que ta acontecendo?
- mãe, é que recebi um convite do escritório para viajar com eles! E eu vou viajar hoje mesmo.
- o que filha? Não acredito! Você sabe que sempre fomos nós duas aqui em casa, como vou ficar aqui sozinha heim?
- calma mãe, juro que são apenas 3 dias e mais nada, como se fossem as férias, eu preciso seguir meu rumo mãe.. e inclusive vou pedir a Sandra pra ficar aqui com você.
- filha, você sabe que eu me preocupo demais com você!
- mas, mãe, prometo que terei cuidado, são apenas 3 dias, é só para me enturmar melhor com o pessoal da banda que eu vou trabalhar de hoje em diante.
- olha filha, você tem 21 anos, já pode tomar suas próprias decisões.. então vou te apoiar, mais volta logo? Volta logo pra sua mamãe.

A mãe de Nathália era realmente uma mãe e tanta, apoiava a filha em todas as situações, inclusive nessa mudança de vida e rotina de hoje em diante. Minha mãe foi preparar o almoço para nós, enquanto eu fiquei arrumando mais algumas coisas na mala, logo depois desci, almoçamos e conversamos. Liguei para Rober confirmando que iria viajar com eles, aquela tarde se passou rapidamente e chegou a hora da viagem, minha amiga Sandra chegou até minha casa e ficou na sala com minha mãe, enquanto elas conversavam lá emcima me arrumava, tomei um banho e vesti essa roupa:



Depois de pronta, desci novamente para a sala já com as malas, as duas me olharam com cara de choronas, beijei elas e disse que era apenas uma viagem como outra qualquer. Depois de um tempo ouço o interfone tocar, atendi e era Rober, minha mãe e a Sandra me ajudaram com as malas levando até o portão, quando abri vi apenas Rober escorado que me olhou dos pés à cabeça.

- bom.. - ele guaguejava - a Dagmar ta te esperando no carro.. vamos?
- vamos né! tchau mãe, tchau Sandra cuida bem da mamãe - abracei as duas e fui para o carro.

Well colocou todas as minhas malas no porta-malas, quando entrei no carro, Dagmar se encontrava no banco da frente ao lado do Well que logo entrou, e fiquei entre Luan e Rober, o carro começou a andar e eu olhei pela janela olhando se afastar da minha mãe, algumas lágrimas cairam.

- chorando porquê bebê?
- nada, é super normal ficar longe da sua mãe, né Luan? - falei irônicamente
- é, realmente é bem dificil, mas com o tempo você se acostuma.
- o meu tempo é nunca então, ela é minha companheira eterna. Desde sempre, pra sempre. Inclusive, onde esta o Anderson?
- já esta em São Paulo.
- rápido!
- pois é.

Fomos conversando o caminho todo até chegarmos no aeroporto. Algumas fãs do Luan me viram e ficaram encabuladas com a minha presença, ponto de interrogações se formavam no rostinho delas, algumas pediram até fotos comigo, por educação tirei. Fomos até o lugar no aeroporto que iriamos embarcar, lá estava vazio. Ficamos todos encostados no avião, eu estava distraida mexendo no celular, enquanto testa olhava para mim, quer dizer, minhas pernas.

- mulher você não sente frio não?
- porque?
- essas pernonas de fora ai, vai morrer de frio a viagem toda.
- acho que não, tenho cobertor na bolsa.
- garota eficiente heim? - ele bateu na cabeça do testa - e você testa, não vai parar de olhar para as pernas da curica não?
- curica? - dei um tapa nele - escuta aqui... - ele deu um sorrisinho, amava me provocar
- crianças, não briguem - disse a Dagmar morrendo de rir - o piloto já esta vindo.

O piloto estava vindo ao nosso encontro, chegando próximo à nos, ele me comprimentou e elogiou minha beleza exótica, por ser uma ''morena de olhos azuis'' o que era super dificil de se ver naturalmente como eu. Entramos no avião e fomos direto ao nosso destino, a viagem seria um pouco longa, mais será que valeria a pena?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Capitulo O7

A Nathália  pegou seu carro e foi embora o caminho todo calada com a Sandra que dormiria em sua casa lhe fazendo companhia. Chegando em casa, ela retirou sua roupa da balada e foi tomar um banho demorado.. debaixo do chuveiro chorou e deixou a agua se escorrer pelo seu rosto acompanhada das lágrimas, depois saiu do quarto e Sandra estava sentada na cama.

- Sandra, me perdoa.
- não tem nada amiga, mais o que aconteceu?
- o Anderson, ele me ofendeu e muito!
- ofendeu? - ela arregalou os olhos - como assim.. ofendeu?
- ele me pegou quase beijando o Luan, quer dizer, o Luan quase me beijando e me chamou até de interesseira. - uma lágrima caiu - pedi demissão, não preciso passar por humilhações por causa de grana.
- ai amiga, deita aqui, vem.. - ela bateu em seu colo me fazendo deitar sobre ele.

A Sandra secou o máximo de lágrimas do meu rosto que poderia, depois disso meu celular começou a tocar desesperadamente enquanto assistia um dos meus filmes preferidos com a minha melhor amiga. Então atendi, sem ao menos olhar de quem era aquela chamada.

- Alô - reconheci a voz, era Rober
- É Rober? Olha, eu não quero mais confusão..
- não, tá de boa, é porque o Luan ficou muito bolado com o que o Anderson fez, queria desculpar por todos nós.
- não Rober, você não deve desculpas à mim não, quem deve é aquele Anderson, se ele queria que eu saisse do escritório, ele conseguiu.
- ele é muito protetor com todos nós, até comigo, dai as vezes ele exagera, nos perdoe de verdade. Bom, já levamos o Luan em casa, a Dagmar chegou aqui na minha casa, ela quer muito falar com você.. posso passar para ela?
- claro.
- ele passou o seu celular para Dagmar - alô, Nathália?
- oi Dagmar, tudo bom?
- tudo sim, estou super preocupada.. você chegou bem em casa? Pois estava estressada, fiquei com medo..
- estou bem sim, o que ta doendo mesmo é o coração, por ter ouvido tanta brutalidade, e ser acusada de ''interesseira''
- te peço perdão de verdade, agora que estamos produzindo o novo CD do Luan, o Anderson anda muito estressado ultimamente, nervoso, e as vezes ele exagera! Nem eu sou tão chata assim..
- ela me arrancou um sorriso - só você pra me fazer rir ein Dagmar!
- mais amanhã você irá trabalhar conosco né?
- eu queria pedir demissão, não dá mais certo trabalhar com vocês, ainda mais depois disso..
- não faça isso, dá uma segunda chance pro Anderson, ele ta meio inseguro porque ta te conhecendo ainda, tenha paciência.
- não dá Dagmar, eu não posso!
- você gosta de mim?
- sim Dagmar, você é um amor de pessoa, mas..
- faz isso por mim, tenta denovo, eu juro que se acontecer mais alguma, eu prometo que deixo você decidir o que quer, esse escritório depende de você também.
- Dagmar..
- só mais essa chance pra ele, pra nós, para o escritório! Você sabe que várias mulheres se aproximam dele realmente por interesse, o Anderson só quer protege-lo disso, não leve a mal, quando ele te conhecer vai saber que você é uma pessoa boa.
- tabom Dagmar, eu aceito! Mas.. eu quero um pouco de distância do Anderson, pelo menos por enquanto!
- não.. perfeito, ele irá acompanhar alguns shows do Luan por mim, ficará um tempo fora, dai da tempo de você conhecer mais sobre ele, e ele sobre você. Então, estou te alugando demais, até amanhã às 7hrs.
- não eram às 6hrs?
- vamos começar do zero! Mudando algumas coisas.. enfim, 7hrs, ok?
- perfeitamente. Obrigada Dagmar, você é um anjo.
- ela sorriu do outro lado da linha - obrigada minha linda, pelo elogio. Boa noite pra você.
- obrigada, mande um beijo pro testa, é assim que chamam ele né? - sorri
- exatamente, beijo testa. - ela gritou para o testa do outro lado da linha

Nos despedimos e a Sandra me olhava esperando que eu dissesse quem era na ligação. Contei tudo sobre o telefonema com ela e disse que daria uma nova chance para o Anderson tirar aquela imagem dele que ficou em mim de um cara totalmente sem educação e arrogante  que pensava apenas na fama do Luan.

No dia seguinte, acordei cedo com o despertador, fiz minhas higienes e coloquei um look básico para um dia normal de trabalho. Peguei minha bolsa e deixei um bilhete emcima do criado-mudo do meu quarto próximo à cama que eu a minha amiga Sandra haviamos dormido.

''Sandra, já que não irá trabalhar hoje, passe no escritório às 1hr da tarde para podermos almoçar juntas. Estou levando a minha chave, essa que ficou aqui você pode fechar tudo e logo depois joga-la pelo muro, beijos amiga.''

Depois de escrever o bilhete para Sandra, peguei as chaves do meu carro, fui em direção ao escritório, o trânsito estava suave, por isso não demorei a chegar lá. Respirei fundo e passei pela portaria comprimentando o Arnaldo que me deu dois beijos na buchecha e me disse que a Dagmar me esperava em sua sala.

Fui apreensiva por toda à extensão do corredor. Chegando lá, dei 3 leves batidas na porta e chamei pela Dagmar, ela abriu a porta me deixando surpresa, estava Luan com a cara toda amassada, parecia ter sono e o Anderson me olhando parecia envergonhado.

- acho melhor ir embora.. afinal, o que vim fazer aqui? - disse saindo, Dagmar segurou meu braço.
- calma Nathália, o Anderson quer falar com você!
- não tenho nada pra falar com esse homem!
- calma Nathália, vamos conversar.
- o que você me falou ontem, não foi legal - me dei por vencida sentando na mesa. - vamos, fale logo.
- eu queria.. te pedir desculpa, pelas coisas que te falei ontem, é porque..
- ah, já sei, você é super protetor, e tem medo que alguém queira machucar o coraçãozinho do seu patrão. Vocês são a segunda familia dele. Escuta aqui Anderson, desde pequena aprendi uma coisa: nunca dependa daquilo que não é seu, e assim vivo hoje com meus 21 anos, sem depender de ninguém e muito menos vou precisar me relacionar com alguém por interesse, afinal, uma coisa que herdei de berço foi caracter - disse me levantando, Luan e Dagmar me olhavam atentos e boquiabertos, ninguém nunca havia desarmado Anderson daquela forma
- você.. aceita, voltar para a equipe? - ele disse com a voz falha - eu prometo..
- sem promessas por favor, eu vou ficar aqui nessa equipe, e pode ficar tranquilo Anderson, vou ficar bem longe do seu patrão. - olhei para o Luan ironicamente.
- calma rapais, não fiz nada! - ele levantava as mãos para o ar.
- não precisa disso, eu fui realmente um idiota em querer manipular a vida do Luan, não podia ter feito isso, pra provar que mudei e que quero que você tenha um bom relacionamento tanto com a equipe quanto com o Luan, eu quero que você comece a viajar com agente.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Capitulo O6

Aos poucos fomos chegando ao fim da música, que tocava lentamente. Minha cabeça ainda estava encostada no peito do Luan, por alguns minutos fechei meus olhos e aquela foi uma das melhores sensações que já pude sentir na minha vida. Ele me afastou um pouco dele e sorriu, passou sua mão pelos meus cabelos e começou a me acariciar. Pelo clima da música ainda, fechei meus olhos e apenas fiquei sentindo seus toques.

Ele foi se aproximando devagarinho e eu fui me envolvendo, quando estava prestes a acontecer o beijo, vejo alguém o puxando para trás, era o Anderson que me olhava com desprezo. Ele nos chamou, fiquei impressionada pelo o dominio que ele tinha sobre o Luan, fomos até uma àrea reservada próximo ao toalete e ficamos de cabeça baixa esperando a bronca como duas crianças que estavam prestes à fazer algo de errado.

- o que vocês estavam pensando? - ele disse muito alterado, logo após Dagmar chegou. - Dagmar, você não viu isso?
- vi o quê?
- esses dois estavam quase se beijando.
- Dagmar nos olhou - jura? que bom.
- que bom? Bom em que parte? já deixei bem claro que vocês não podem ter nenhum tipo de relacionamento.
- Anderson, para de controlar minha vida, para de encher o saco, nem rolou, porque você atrapalhou ta satisfeito? - vi pela primeira vez Luan se impondo.
- você sabe que essas mulheres só se envolvem com você por puro interesse, pelo seu dinheiro, sua fama.
- escuta aqui Anderson, não pense que porque você é meu patrão que vai me ofender - disse levando o dedo na cara dele e a Dagmar o protegia entrando na frente - eu não sou qualquer uma.
- calma, vocês estão todos alterados. - Dagmar dizia neutra
- calma nada, não pense que você trabalha para o fabuloso Luan Santana, que você pode me humilhar, uma coisa que nunca precisei na minha vida foi de dinheiro de homem ok? E olha, só tenho uma coisa à dizer, eu não quero mais trabalhar nessa equipe, pra mim já deu!
- o quê?
- isso que você ouviu Dagmar, cansei desse cara insinuando que eu quero ''roubar'' dinheiro do patrãozinho dele, me poupe. Chega! - me retirei dali o mais rápido que pude, passei pela pista e puxei a Sandra pelo braço.

Ainda na sala próxima ao toalete..

- o que você fez cara?
- o que eu fiz? Preservei sua imagem, antes que você beijasse essa interesseira e ficasse com aquele bafafá todo, em tudo quanto é revista, você vai me agradecer um dia, eu sei.
- você não podia ter falado daquela forma com ela, não podia! Eu que dei emcima dela, eu queria beijar ela.. ouviu?
- ah, então ta fazendo papel de burro agora? Pegando quem quer te enganar.. pegando, é assim que vocês dizem..
- Anderson, para de barraco, vai dar mais repercursão do que se o Luan tivesse beijado a Nathália, voce tava errado de ter falado daquele jeito com ela.
- eu acho melhor ir embora!
- vai embora mesmo, já estragou a minha noite mesmo, controlando minha vida, até quem eu beijo na boca.
- eu vou embora Dagmar, um dia esse cabeça dura vai entender o por quê de estar fazendo isso.
- tchau, vai.

Anderson saiu passando as mãos pela cabeça, enquanto Luan ficou descontrolado, entraram algumas pessoas no toalete, quando ele viu que o tumulto iria crescer ali ele saiu com a Dagmar, iria avisar o pessoal da banda que estava indo embora com a Dag, pois não tinha mais clima de ficar ali.

domingo, 12 de agosto de 2012

Capitulo O5

Chegando à noite, tomei um banho bem relaxante, coloquei um vestido preto tubinho, uma meia pata da mesma cor, e soltei os cabelos. Liguei novamente para o Roberval que logo afirmou que nos encontrariamos na porta do Santarena. Liguei para a Sandra minha amiga que levaria, ela ficou muito feliz com o convite, e chegou em minha casa para seguirmos para a balada.

- Sandra, você está linda!
- você também Nathália, meu Deus! Que saudades - ela disse me abraçando.
- faz muito tempo que agente não se vê né? Agora que estou trabalhando para o Luan Santana as coisas andam meio corridas como pode imaginar.
- imagino, e sua mãe?
- minha mãe está no hospital, plantão hoje.
- ai que triste amiga, vamos? Estou anciosa.
- vamos, claro.

Fechei toda a casa e fomos com destino ao Santarena, em poucos minutos chegamos lá, a entrada estava muito movimentada, havia muito congestionamento lá, consegui colocar meu carro em uma pequena vaga e desci, sai andando até a entrada quando recebo uma sms do Rober dizendo que me aguardava lá. Fui andando até a entrada, ate que avistei o Rober de longe, bati a mão e ele me deu um sorriso, chegando próximo à ele, ele pôs sua mão no queixo e me olhou dos pés à cabeça.

- morena dos olhos azuis mais linda que já vi. Ta diferente!
- risos - Obrigada Rober, essa aqui é a Sandra, minha amiga que te disse.
- outra morena maravilhosa, mas dos olhos verdes, que linda você Sandra, prazer Roberval, mais para mulheres lindas como você pode me chamar de Rober.
- nossa, obrigada! - ela deu um leve sorriso
- bom, acho que já comecei a noite velando, vamos para dentro?
- vamos sim.. o pessoal da banda esta todo lá.
- então vamos.

Entramos para o Santarenna com os braços entrelaçados aos do Rober, levamos vários flashs assim como todos que entravam na balada, andamos um pouco até chegar ao bar onde estava uma turma de pessoas, Rober me apresentou à todos, o que mais gostei foi o Márcio super simpático. Conheci a Denise esposa do Marreta, ela era linda, até a elogiei.

- bom, o Luan parece estar chegando. - vimos o Luan chegando rodeado de flashes acompanhado da Dagmar

Luan se aproximou de nós e deu um sorriso, começou a comprimentar todos, e chegou até mim. Ele me olhou dos pés à cabeça fazendo todo o pessoal da banda se entreolhar com desconfiança, ele me deu dois beijos no rosto.

- oi, a Nathália não veio não?
- sou eu panaca, essa não cola. - disse totalmente séria fazendo Luan sorrir.
- e essa linda quem é?
- essa aqui é a Sandra, minha amiga.
- prazer Sandra..

Depois de nos comprimentar, começamos a nos espalhar, cada um foi para o seu canto, peguei minha bebida e ia saindo, porém o Márcio e a Marla começaram a conversar comigo ali mesmo.

- Luan gostou muito de você. -  Marla dizia sorrindo.
- nunca, sem chance. Não tenho paciência com esse cara!
- mais porque não? - Márcio perguntou também sorrindo.
- ele é muito.. metido! Não gosto de gente assim.
- vai me dizer que você não é?
- não sou não, ok?
- bom, vamos dançar, quer vir?
- melhor não, podem ir!
- ok, quando quizer, estamos ao seu dispor.

Márcio e Marla sairam até a pista central, e começaram a dançar de acordo com a música eletrônica.. Luan como sempre rodeado de mulheres, acompanhado do seu copo de bebidas na mão, ele parecia estar um pouco incomodado com aquele assedio, e resolveu se retirar, os olhos das mulheres estavam focados nele, quando vi que ele se aproximava virei de costas, ficando de frente para o lindo barman enquanto o pedia para completar o copo com mais uma dose de Big Apple. Enquanto ele se aproximava começou a tocar uma música totalmente lenta, que inclusive era a minha preferida, se chamava ''Far Away'' do Nickelback, nesse instante senti um ar quente próximo ao meu ouvido.

- aceita dançar comigo?
- me virei vendo de quem se tratava - acho melhor não, as pessoas podem pensar besteira.
- é só uma dança, vem!

Ele estendeu suas mãos, e assim fiz com as minhas, aceitei o seu pedido de dança, fomos para o meio da pista, os olhares totalmente voltados para nós, nesse momento vi minha amiga Sandra aos beijos com Rober, estavam super fofos juntos, desde o inicio da noite saberia que rolaria algo entre aqueles dois, repousei minha cabeça sobre o peito do Luan e começamos a dançar devagar, os olhares que estavam voltados para nós ficaram insatisfeitos, após a luz ser apagada, e deixaram apenas os jogos de luz acesos com uma luz bem fraquinha. E assim, começamos a dançar aquela música que parecia não ter fim, nunca.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capitulo O4

Luan adentrou para o interior daquela sala e foi em busca do seu pai para chama-lo.

- pai, podemos ir embora? Quero descançar um pouco.
- podemos sim Luan, mais antes precisamos conversar.
- ah meu Deus, a história da menina novamente? - pôs suas mãos sobre a cabeça - não aguento mais.
- não Luan, não é sobre isso. Você deve desculpas ao Anderson.
- Luan olhou para o Anderson - não devo desculpa de nada, ele que me ofendeu.
- Luan, você tem que respeitar o Anderson e a Dagmar como se fossem seus segundos pais, segunda familia, eles só fazem isso porque querem te proteger, existe muita mulher..
- mais eu já disse que não tenho, nunca tive e nunca vou ter nada com essa garota, para gente. - ele olhou para o Anderson novamente estendendo as mãos - desculpa cara, eu sei que vocês querem apenas o melhor pra mim.
- desculpado, sem problemas.
- agora podemos ir pai?
- podemos sim - seu Amarildo estendeu as mãos para o Anderson - já assinei todos os papéis ok?
- perfeitamente.. até mais Amarildo.
- vamos filho?
- vamos pai.

Luan e seu Amarildo sairam apressadamente do escritório, havia algumas fãs na portaria, Luan atendeu à todas e logo depois seguiu seu rumo para casa. Chegando em casa, havia visita, Ligia Pires e Bruna estavam na sala conversando e rindo muito com a dona Marizete.

- oi Ligia, tudo bom?
- tudo Luan, e com você?
- to bem, vou subir para descançar. Fiquem à vontade!
- filho, o Rober ta te esperando no quarto..
- ta bom mãe, aquele malacabado. - sorriu.

Luan subiu as escadas correndo, deixando seu pai, Ligia, dona Marizete e Bruna conversando na sala, entrando no quarto pega Rober deitado na cama vendo sua revista da playboy, ele corre o mais rápido que pode naquela pequena distância e toma a revista da mão do Rober.

- isso é invasão de privacidade sabia?
- você ainda vê isso? Por favor Luan!
- vai me dizer que você não tem uma também?
- é.. tenho! Mais enfim, vamos para o santarena hoje com a galera da banda?
- não sei cara.. tô muito cansado!
- Arnaldo ta indo também, ligamos para a novatinha também a convidando!
- ela aceitou?
- disse que ia ver.. vamos cara, anima ai Luan.
- não sei testa! Vou pensar mais tarde te ligo e falo ta bom?
- tabom então, bom parceiro, vou ir.

Rober se despediu do Luan e desceu as escadas correndo, viu a Ligia ainda conversando com a Bruna, foi até a sala se despedindo de todos que ali estavam e saiu pegando seu carro, aquele dia seria corrido para ele, a folga era somente para Luan, mais ele, Dagmar e Anderson quase nunca folgavam. Esperaria chegar a noite para ir para a balada, durante o trajeto, parou em um sinal onde seu celular começa a tocar, logo atendeu.

- alô?
- alô, quem é?
- aqui é a Nathália, é porque o Arnaldo me ligou dizendo que eu havia sido convidada por vocês pra ir em uma balada com o pessoal da banda, e pediu para que desse a resposta para esse número.
- oi, seu nome é Nathália? Pois é linda, sou o secretário do Luan, dai resolvi te chamar pra se enturmar com a galera da banda, é sempre bom né? Ainda mais agora que você vai conviver com a gente.
- sim, perfeitamente. Eu liguei para dizer que aceito o convite, é só marcar o lugar, a hora..
- conhece o Santarena?
- conheço sim..
- podemos nos encontrar lá as 7hrs.
- posso levar uma amiga pelo menos?
- opa - ele deu um leve riso - não estou recusando nada! Leva sim.
- vou desligar agora - riso - nos vemos lá..
- ok, beijos linda..

Ambos desligaram o telefone e Rober seguiu seu trajeto, por sorte o sinal não havia aberto durante a conversa, Rober odiava atender telefone enquanto dirigia, pois achava isso um risco o que de fato é. Chegando em sua casa, ligou para Luan informando a presença da Nathália. Luan também não teve como recusar, precisava sair e exparecer um pouco, e assim fez aceitando o convite da balada com a galera da banda que seria dali à algumas horas..

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Capitulo O3

O Anderson adentrou mais para sala e ainda os olhava surpreso, resolveu quebrar o silêncio.

- que bom que já se conheceram, estão amigos até - deu um sorriso irônico.
- eu tava.. aqui, arrumando tudo e ele chegou, dai.. - guaguejava.
- Luan, venha até minha sala.
- ta Anderson, espera.
- fiquei surpresa da forma que o Anderson dominava o Luan mais me calei - agora!
- ta cara, já vou. Foi um prazer te conhecer tá Nathália? - ele beijou meu rosto.
- ok.

Luan saiu por aquela porta acompanhado com o Anderson, entrou em uma sala onde lá estava seu pai sentado assinando alguns papéis por ele que estava com uma cara emburrada, parecia uma criança que tinha tomado todos os seus brinquedos à força, se jogou-se na cadeira e ficou esperando o discurso do Anderson.

- Luan, como você fica todo todo pra cima de uma garota que você conheceu à 1 minuto atrás?
- todo todo pra cima o quê cara? Tá ficando louco? Eu apenas quis ser gentil.
- gentil? Luan, eu trabalho com você desde o inicio de sua carreira, conheço bem essa sua ''gentileza'', você sabe que como você é um cara rico, famoso e bonito, essas mulheres querem só se aproveitar de você, ganhar fama nas suas costas.
- cara, eu nem conheço a menina.
- exatamente por isso, ela é bonitinha demais, essas são as mais perigosas, a única forma que terei de te livrar do pior é despedindo ela.
- cara, você não vai despedir ela - ele se levantou batendo na mesa
- vou sim, vai que essa menina fica dando emcima de você..
- para cara, se for pra despedir ela - ele bateu na mesa - vai ter que passar por cima das minhas ordens, ela tava de boa lá arrumando tudo, eu que entrei e fui conversar com ela, tanto que ela nem me deu moral.
- assim que começa..
- para Anderson, pelo amor de Deus cara, imagina só despedir a garota por isso, ela não fez nada
é extremamente ridiculo, e a partir de hoje, quero ver você tratando todos os funcionarios novos com respeito assim como qualquer outro beleza?
- Luan volta aqui - Amarildo gritava o filho pedindo para que ele voltasse, mais foi em vão, Luan saiu pela porta irritado sem dar a minima.
- Arnaldo vendo a situação de Luan, atras do balcão se levantou e o chamou - Luan, o que foi cara?
- nada, o Anderson queria despedir a novata só porque pegou nós dois juntos lá no cantinho.
- vocês... juntos?
- não, ela estava se apresentando.
- Anderson ta realmente com neura em relação aos seus relacionamentos, mais você sabe que são apenas cuidados né?
- eu sei cara, mais não é só porque eu estava conversando com a garota, eu ja vou casar com ela, posso ter amigas mulheres, e mesmo se fosse, se eu tiver afim da menina eu vou ficar com ela, independente dele, a Dagmar e o escambal que for não querer.
- calma cara, deixa fluir.
- risos - ta fluindo já. Tá fluindo minha paciência. Avisa meu pai que vou voltar pra casa, preciso esfriar minha cabeça.
- é perigoso Luan, sair por essas ruas de Londrina.
- ta de manhã cara.
- mais você é o Luan Santana, se esqueceu?
- ah é, vou sentar do seu lado aqui então.
- senta, mais daqui a pouco as meninas começam chegar e se elas te verem...
- sem problema Arnaldo, sento no chão aqui, escondido.

Luan sentou-se no chão ao lado de Arnaldo logo atrás daquele balcão onde ficavam seu computador e várias papeladas, até que avista Nathália vindo com uma bolsa lateral sorrindo, chegou próxima à ele, não percebia a presença do Luan ali agaichado que prosseguiu em silêncio.

- Arnaldo - Luan admirava o ''R'' que ela também puxava - o Anderson me pediu que fosse embora.
- O Luan - Luan beslicava sua perna para que não falasse que ele estava ali, Arnaldo ja decifrou tudo.
- oi? - ela ria confusa.
- o que você achou do Luan?
- olha - chegou um pouco mais próxima do Arnaldo, sussurrando - o patrão é muito chato - e sorriu - mais é segredo tá?
- Luan? Poxa, é tão gente boa!
- não achei, um tanto quanto metido. Odeio gente assim, mais pelo amor de Deus não diga isso se não posso ser demitida à ponta pés.
- Luan ria abafado - ok, vou manter silêncio. E amanhã é pra valer né?
- risos - sim, já peguei as coordenadas com o Anderson, sem envolvimentos com o patrão.
- risos - Anderson é muito tenso. Mais enfim, um ótimo dia pra você e até amanhã pra valer.
- é pra valer, fui. - Nathália manda um beijo no ar para Arnaldo e sai com um belo sorriso no rosto, e sempre foi assim.

Luan se levanta decepcionado, passando suas mãos pela região traseira e olha para o Arnaldo decepcionado que o encarava rindo.

- o que foi Luan?
- ela me chamou de chato.
- Arnaldo sorri - normal.
- normal? Poxa, me senti um nada. Mais essa coisa de envolvimento com o patrão eu não entendi.
- À pedidos do Anderson, porque, tava pensando em se envolver com ela? - zombava
- não cara. Ta doido?
- sei, que bom então. Se não o Anderson te capava amigo.
- risos - pois é, vou chamar meu pai para irmos pra casa, já que não posso ir sozinho.
- vai lá parceiro.

domingo, 5 de agosto de 2012

Capitulo O2

Voltei para casa extremamente feliz, emprego dos sonhos, fiquei morrendo de alegria, chegando na nossa casa o portão estava aberto, minha mãe estava saindo com seu carro. Minha casa não era daquelas digamos ''mansão'' ou ''casa de luxo'', mais era razuável para uma familia de classe média alta. Minha mãe estava indo para o seu serviço, ela era médica.

- mãe, consegui. - dizia fechando meu carro que se encontrava na calçada e beijando seu rosto por dentro do carro.
- jura filha? - ela deu um sorriso de orelha à orelha - que dia começa?
- amanhã mesmo mãe, tô muito feliz.
- que bom minha filha, a mamãe ta bem orgulhosa de você viu? Olha, hoje tenho plantão, mais amanhã prometo que comemoraremos à noite.
- tabom mãe, te amo e bom trabalho.
- ta filha, te amo - ela segurou minha mão - parabéns denovo. Agora a mamãe já vai.
- ta mãe, te amo mais. - beijei seu rosto.

Logo após de beijar o rosto da minha mãe, ativei o alarme do meu carro e entrei para minha casa. Preparei um lanche e fiquei assistindo um pouco de TV e acabei pegando no sono. Aquele dia se passou rápido, deveria agradecer a minha ansiedade que implorava para que o dia seguinte chegasse. E assim aconteceu, acordei no dia seguinte bem atrasada e sai correndo pelo quarto, procurando roupas, optei por um vestido florido tomara que caia e uma blusa branca bordada, o vestido era um pouco curto, mais o look deu certo, soltei meu cabelo e o penteei.

Depois fui ao banheiro fazer minhas higienes e peguei minha bolsa saindo disparada, lembrei do pequeno detalhe que meu carro havia dormido na rua, peguei as chaves dele e tranquei toda minha casa saindo. Parecia que o trânsito de Londrina não colaborava com minha pressa e resolveu impacar logo naquele dia, depois de horas presa no trânsito eu enfim cheguei ao escritório, onde fui recebida pelo Arnaldo.

- oi, é.. eu sei que to um pouco atrasada, mais o trânsito de Londrina ta um caos hoje - misturava coisa com coisa devido ao nervosismo.
- calma, fica tranquila, olha, a Dagmar e o Anderson estao em uma reunião agora. Então tecnicamente seu trabalho não começa hoje, mais eu posso te mostrar um pouco do escritório pra não ficar perdendo tempo, combinado?
- sim, claro, perfeitamente.

Andamos por toda aquela extensão, o escritório por fora não aparentava ser tão grande quanto era, até que chegamos em uma sala onde havia vários ursinhos, papéis, tudo espalhado.

- bom, aqui é a sala digamos ''cantinho das fãs'' aqui tem cartas, presentes, enfim, tudo que ele recebe das fãs.
- nossa - arregalei os olhos - isso aqui ta uma bagunça - sorri
- risos - realmente, ta bem bagunçadinho, bom já te mostrei tudo, o que faremos agora?
- se não for pedir demais - fiquei um pouco acanhada - eu poderia ficar aqui lendo algumas cartas e arrumando essa bagunça?
- nossa, claro, pode sim. Bom, eu tenho que voltar para recepção.
- perfeitamente.
- cuidado pra não se afogar nos ursos. - rimos juntos
- ok

Arnaldo saiu de volta à recepção, peguei uma caixeta onde estavam as cartas e puxei para perto da escrivaninha, comecei a ler tudo, o carinho que aquelas meninas tinham por ele era imprescindivel. Sorri em algumas frases engraçadas tipo ''Luan, casa comigo?'' '' ta gostoso amor'' depois de terminar de ler tudo joguei todas no chão e arrumei em ordem na caixa, iria começar a arrumar os ursos, peguei varios do chão e arrumei na parteleira, mais chegou em uma parte que eu precisava colocar um ursinho, mais eu não alcançava, era extremamente baixinha, acabei o colocando de mal jeito pelas pontas dos pés e derrubando todos que estavam lá caindo por cima de mim, e ouço uma gargalhada nada irônica vindo da entrada, quando olho Luan Santana estava lá.

- olha, não pense que você é o meu chefe que vai ficar me fazendo de gato e sapato.
- mais o que eu fiz mulher brava? - risos
- fica rindo ai de mim, não achei graça nenhuma. Mas enfim, como deve ser vamos nos apresentar formalmente, Nathália, prazer.
- prazer Luan Santana.
- disso eu já sei.
- não vai levantar dai?
- claro né? - me levantei tirando a poeira de trás.
- então Nathália você ta começando hoje e ja ta bravinha assim? To vendo que vamos nos dar muito bem hein? - ele ficou me encarando por um tempo, até que Anderson entra na sala e vê aquela cena e me olha com um olhar repreendendor.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Capitulo O1

- Nathália acorda - ouvia a voz doce da minha mãe abrindo as janelas do nosso apartamento.
- mãe, me deixa! - fazia birra me cobrindo com o cobertor que estava tão quentinho naquela manhã de Londrina.
- filha, você marcou uma entrevista no escritório do Luan Santana filha, se esqueceu?
- é mesmo mãe - dizia levantando rapidamente indo em direção ao banheiro com os cabelos totalmente bagunçados.

Entrei para o banheiro onde escovei meus dentes e fiz as minhas higienes, logo depois disso fui até o guarda-roupa procurar algum look formal para a ocasião, o que não seria nada fácil. Procurei até achei um vestido - não, seria muito informal - pensei, enfim achei uma calça jeans azul e uma camiseta de frio preta colada, não teria tempo de escolher um look adequado, mais o que valeria era a minha capacidade como profissional e não meu look.

Vesti essa roupa com muita pressa, arrumei algumas coisas necessarias em uma bolsa transversal pequena e peguei as chaves do meu carro, estava esquecendo algo! O que seria? - pentear o cabelo, claro - corri novamente até o espelho onde passei aquela escova pelos enormes fios pretos escuros, logo depois sai disparada, apenas depositando um beijo de leve no rosto da minha mãe que tomava café da manhã na mesa.

Peguei o meu carro saindo feito louca e o papel que tinha o endereço do escritório e tentei achar as coordenadas, parei na porta de um comércio onde perguntei se sabia exatamente onde ficava aquele endereço descrito no papel, ele me explicou direitinho o que facilitou minha chegada. Logo na entrada havia uma logomarca LS enorme o que comprovava que era ali mesmo que eu procurava.

Fechei o carro imediamente e sai correndo, chegando na portaria fui atendida por um moço alto, aparentava 25 ou 26 anos e tinha um sorriso bem meigo, sorri de volta, mais esse sorriso se fechou ao chegar um homem mais baixo, aparentava mais velho e tinha a expressão séria no rosto. Ele olhou para mim dos pés à cabeça e deu um sorriso de canto forçado.

- você seria no caso a nova assistente da equipe?
- sim, sou eu, prazer..
- Anderson Ricardo. Sou empresário do Luan Santana, você já deveria saber!
- prazer sou a..
- me acompanhe - ele dizia seguindo rumo à dentro daquele escritorio
- liga não, ele é chato assim mesmo, prazer Arnaldo. - ele disse recompondo seu sorriso no rosto
- ah sim Arnaldo, acho.. que devo me acostumar. - dei um sorriso de leve.

Com as pernas bambas segui até a sala em que o Anderson havia me falado, chegando lá ele estava sentado em uma mesa mexendo no computador enquanto eu fiquei parada na porta. Ele me mandou me sentar. Anderson me perguntou um pouco sobre minha vida e logo depois fechamos contrato. Me despedi dele, mais quando ia saindo da sala ele me chama novamente.

- Nathália.
- oi senhor Anderson - disse me virando em sua direção.
- você é muito linda..
- Anderson não pense..
- calma, não é isso! Sou casado, e bem casado, amo minha esposa! Você é muito linda, o perfil que o Luan gosta, só te peço que não se envolva com ele.
- não Anderson - ri da minha distração à minutos atrás - pode ficar calmo que isso nunca acontecerá.
- assim é melhor, trabalho à parte.
- Não, perfeitamente, trabalho à parte - dizia para mim mesma. - obrigada por tudo.
- denada. - quando ia saindo ele novamente me fez parar - e ah.. bem vinda a equipe LS.
- risos - obrigada novamente.

Sai da sala e me encontrei com o homem alto que atendia pelo nome de Arnaldo, mas desta vez ele estava acompanhado por um homem um pouco baixo com o cabelo levemente arrepiado, ele me olhou muito me deixando até sem graça.

- Nathália? É assim seu nome né?
- sorri - perfeitamente.. Arnaldo certo?
- sim.. vou te apresentar, esse é o Juliano Ferro, violinista e guitarrista do Luan.
- oi Juliano, tudo bom? Prazer Nathália.
- tudo sim Nathália, melhor agora. Muito linda você.
- ele é um pouco abusado também - ele sorria - enfim, amanhã você já começa?
- segundo o Anderson sim. Amanhã às 6h da manhã.
- então nos vemos amanhã.
- tchau pra vocês.
- você quer carona? - Juliano quis ser gentil.
- Juliano! - Arnaldo o repreendia.
- não.. eu vim com meu carro! Deixa pra próxima tá?
- tá linda, cuidado na estrada.

Sorri e sai do escritório. Ao sair vi um carro se estacionar atrás, nem liguei muito e acelerei o meu voltando para o apartamento feliz da vida.

Luan narrando.

Sai de casa com o meu pai indo direto para o escritório. Chegando lá vejo uma mulher linda saindo lá de dentro, entrei prontamente para o escritório acompanhado do meu pai que foi no mesmo instante para a sala do Anderson me deixando com o Juliano e Arnaldo na recepção.

- cara, é aquela a nova assistente daqui do escritório?
- sim cara, ela é morena dos olhos azuis, a coisa mais linda que já vi na minha vida.
- é, acho que tem dois apaixonados aqui, Luan e Juliano.- Arnaldo zombava.
- de boa, muito gata e simpática!
- boa mesmo heim Juliano.
- vocês dois já fazendo graça com a coitada!
- que dia ela começa Arnaldo?
- amanhã mesmo.
- nossa, amanhã tô garrado aqui.
- Luan, Luan, você sabe que..
- o Anderson não gosta que eu me envolva com gente da equipe e blá blá blá.
- ainda bem que você tem essa consciência.
- calma cara, só quero ver ela, mais nada. Pode não? Desde quando olhar tira pedaço?
- Cuidado! - Arnaldo alertava devido aquela ''empolgação''