domingo, 21 de outubro de 2012

Capitulo 12

- Luan não faz isso, pelo amor de Deus, eu... eu, desculpa Nathália, eu não fiz por mal.
- você acha mesmo que eu vou te manter nessa equipe? Não mesmo! Se você não respeita uma colega de trabalho, imagina quem você vai respeitar..
- desculpa Luan, foi um descuído meu, desculpa cara, eu não quero perder meu trabalho.
- Gutão, sai daqui cara. - Luan disse sem voltar atrás - e olha, você pode dormir essa noite, amanhã compro sua passagem pra Londrina.

Gutão saiu, me deixando sozinha com o Luan, ele me olhou, colocou meus cabelos atrás da orelha e secou minhas lágrimas me abraçando.

- Luan, eu não quero..
- você tá bem? Ele não fez nada?
- não, não, por favor, não despede ele não, se você quiser eu saio da equipe.
- não, que isso cara, não gostei do que ele fez, foi falta de respeito, e muita.
- por favor, não demiti ele, não quero te atrapalhar, eu prometo que vou tomar cuidado.
- risos - eu vou pensar no seu caso.

Depois daquele episódio, fomos até à adega para pegar a bebida, depois que voltamos todos estavam lá ainda com olhares curiosos.

- onde o Gutão está?
- bom, ele chamou a Nathália pra pegar bebida e acabou...
- acabou indo dormir - dei um sorriso de leve - estava com sono.

Todos olharam desconfiados, bebemos mais um pouco, logo depois fomos dormir e eu fiquei na piscina, olhando a lua que estava linda naquele dia, subi para o meu quarto, estava ficando frio, até que resolvi ir ao quarto do Luan, bati, ele demorou um pouco pra atender e logo depois de alguns minutos atendeu e abriu um sorriso encantador.

- estava deitado? - risos
- não, não, entra. Estava sentado na varanda, compondo..
- ah sim, com licença.
- risos - pode falar.
- Luan, eu queria te agradecer por tudo que você me fez hoje, e gostaria que não despedisse o Gutão, porque ele talvez precise realmente desse trabalho, e acho que sou muito nova aqui pra vocês abandonarem uma pessoa que esta aqui faz tempo por minha culpa.
- você não deve saber que eu não admito desrespeito - ele disse indo pra varanda e se sentando - eu não vou voltar atrás, me perdoa e me entende?
- mas Luan.. - eu olhei o implorando
- escuta minha música nova e me diz o que achou?
- Luan..
- por favor, preciso da opinião de alguém..
- tabom, então cante.

''Quando me sinto só
Te faço mais presente
Eu fecho os meus olhos
E enxergo a gente

Em questão de segundos
Voo pra outro mundo
Outra constelação
Não dá para explicar
Ao ver você chegando
Qual a sensação

A gente não precisa tá colado pra tá junto
Nossos corpos se conversam por horas e horas
Sem palavras tão dizendo a todo instante um pro outro
O quanto se adoram
Eu não preciso te olhar
Pra te ter em meu mundo
Porque aonde quer que eu vá
Você está em tudo

Tudo, tudo que eu preciso
Te vivo''

Ele ali naquela varanda, à voz e violão, cantando uma música perfeita como aquela, sinceramente eu não tinha palavras pra expressar, ele ainda com os olhos fechados deu um sorriso e me perguntou.

- o que achou da música?
- eu.. eu sinceramente não sei.
- ficou ruim?
- não, ficou perfeita, linda, maravilhosa, a música mais perfeita que já ouvi em toda minha vida.
- que... bom que você gostou.
- eu queria tanto aprender a tocar violão.
- risos - é fácil, quer que eu te ensine
- será que consigo aprender tão rápido?
- minha linda, seu professor particular Luan Santana aqui te ensina em 1 minuto, senta aqui vem - ele apontou pra mesa de praia da varanda
- não vou conseguir
- vem, vai dar certo

Me sentei entre suas pernas, me senti um pouco incomodada com aquela situação, depois ele pegou em minhas mãos e foi dedilhando no violão e sempre saia um som que me deixava boba, é tão bom quando se aprende algo novo.

- agora você faz como ta aqui no caderninho.
- sua letra é horrível
- risos - é pra não esquecer, dai escrevo rápido
- risos - vou tentar entender.

Saiu algum som, ficou bem bacana e parecido com o que o Luan tinha tocado, fiquei tão feliz, coloquei o violão na cadeira ao lado e me virei pro Luan.

- não é que eu aprendi alguma coisa
- risos - ah rapaz, sabia, toca aqui
- eu estendi a mão e toquei - besta - risos - obrigada professor
- quero um abraço também
- sim professor - risos
- dei um abraço nele e ele me apertou sobre seu corpo segurando firme em meus cabelos - obrigada por me fazer rir
- fui me afastando lentamente e acabei muito proxima dele, olhando em seus olhos - de..na..da

Luan chegou muito próximo à mim que eu podia sentir sua respiração, nossos corações acelerados, olho à olho, quando o beijo iria acontecer eu me levantei.

- não, eu prometi pro Anderson, isso nunca vai acontecer.
- desculpa.. - ele procurava uma resposta - eu não quis
- ta, tchau

Fui até a porta, Luan veio apressando os passos até me alcançar e segurou em meus braços me virando pra ele e me olhando nos olhos.

- desculpa, eu fico sozinho, carente, e as vezes..
- vai matar sua carência com outra ouviu? - me soltei de seu braço saindo do quarto irritada e confusa

Enquanto isso, Luan fechou a porta chutando-a e machucando seu pé, saiu pulando de um pé só e se jogou na cama.

- merda, droga.

5 comentários: